terça-feira, 17 de maio de 2011

Governo vai investir em mão de obra para a construção civil

17/05/2011 categoria: Construção Civil

Uma ação coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego vai ampliar a oferta de cursos para a qualificação profissionais no setor da construção civil. O plano é aumentar a oferta de trabalhadores que atuam na base da pirâmide do setor, oferecendo cursos básicos para profissões como pedreiro, armador, ajudante de obra, mestre de obra e carpinteiro, entre outros.
Até junho, o ministério quer lançar um novo programa de formação com 25 mil vagas. As aulas serão dadas por várias organizações de ensino técnico espalhadas pelo país, tais como o Senai, Instituto Êpa e Organização Oxigênio, entre outras. Os cursos técnicos oferecidos pelo governo duram, em média, de três a quatro meses, sendo que as aulas ensinam o manuseio de ferramentas e máquinas e segurança do trabalho, mas o conteúdo didático varia de acordo com a região na qual os cursos são realizados, já que estão alinhados a necessidades de cada tipo de obra.
"É preciso reconhecer que há um problema de precarização do setor. Falta um plano de carreira, alguma projeção de ascensão para o trabalhador. São situações que temos de resolver", diz Ana Paula da Silva, diretora de qualificação do ministério. Em maio, o projeto, que tem custo estimado em R$ 25 milhões, passará por uma audiência pública. Os recursos usados saem do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Outro pacote de formação voltado para as obras de infraestrutura da Copa do Mundo será lançado no segundo semestre, com mais 25 mil vagas. Nesse caso, serão realizados também cursos técnicos ligados às áreas de transporte e turismo.
Somados a outras iniciativas em andamento no ministério, os programas tocados pelo governo deverão colocar no mercado cerca de 80 mil pessoas com formação básica para atuar em obras pelo país.
Trata-se de um número relevante, mas que não chega a fazer sombra à demanda atual. O volume atual de obras em andamento no país exige, segundo cálculos do ministério, a formação de 500 mil profissionais. "Nossa demanda imediata é de meio milhão de vagas. Estamos longe disso, mas há muitas iniciativas em andamento", Silva.
A situação atual é resultado da baixa atenção dada pelo governo nos últimos anos para a formação de profissionais, problema alargado com o aumento recorde de obras no país. Os dados de cursos de qualificação realizados pelo ministério apontam que o governo executou 628 mil treinamentos em construção civil entre 2005 e 2010. Nesse período, o investimento total aplicado nesses treinamentos atingiu R$ 337,2 milhões. O pico foi atingido em 2008, quando 141 mil vagas foram preenchidas, com custo de R$ 89 milhões. De lá para cá, porém, o volume anual de cursos oferecidos caiu. Em 2009, o número de aulas foi reduzido para 94 mil. Em 2010, foram apenas 60 mil.
A escassez de profissionais não está restrita a posições mais básicas da construção pesada. O volume de engenheiros formados por ano no país também está muito aquém da necessidade. "Hoje, formamos 40 mil engenheiros por ano, mas temos a necessidade imediata de dobrar essa quantidade. O país está clamando por mais profissionais", diz Marcos Formiga, assessor da diretoria do Senai Nacional. Segundo ele, há 80 mil vagas de engenheiros na construção civil não preenchidas.


quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ana Paula, do MTE, recebe projeto do Sindicato das mãos do dirigente Alex Fogaça




Alex Sandro Fogaça, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, entregou ao Ministério do Trabalho e Emprego do governo Dilma Rousseff, na última segunda-feira, dia 9, a minuta de projeto de qualificação profissional para atender trabalhadores de Sorocaba e região.

A proposta, que se enquadra no Planseq (Plano Setorial de Qualificação), pede a criação de 1,5 mil vagas em cursos de qualificação em diversas áreas da indústria, incluindo cotas para beneficiados do pro¬grama Bolsa-Família e pessoas com deficiência.
A proposta foi entregue à diretora do departamento de qualificação do Ministério do Trabalho, Ana Paula da Silva, durante audiência pública que tratou da qualificação profissional em Sorocaba.
Ana Paula recebeu bem a proposta dos Metalúrgicos e adiantou que em breve o MTE promoverá novo encontro em Sorocaba para, junto com o Poder Público, o Sindicato e o empresariado, dar início à formalização do convênio.
Audiência mobiliza sindicalistas, empresários e Poder Público
Trabalhadores, sindicalistas, representantes do empresariado, da Prefeitura e da Câmara de Sorocaba participaram na noite da última segunda-feira, dia 9, de uma audiência pública que discu¬tiu a qualificação profissional em Sorocaba e Região.


terça-feira, 10 de maio de 2011

Segundo Ana Paula da Silva, Diretora de Qualificação do MTE, Sorocaba sai na frente no processo para implantação do Planseq

Terça-feira, 10 de maio de 2011

Sorocaba dá primeiro passo em direção ao Plano Nacional de Qualificação

Em Audiência Pública ontem, Projeto elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região foi entregue a representante do Ministério do Trabalho e Emprego
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Sorocaba dá primeiro passo em direção ao Plano Nacional de Qualificação
Na noite da última segunda-feira (9/5), Sorocaba deu o primeiro passo em direção ao Plano Nacional de Qualificação, do Governo Federal, podendo beneficiar cerca de 1,5 mil trabalhadores. Um Projeto elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região foi entregue à representante do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Audiência Pública organizada pelo vereador sorocabano Izidio de Brito Correia (PT).
Segundo Ana Paula da Silva, Diretora de Qualificação do MTE, Sorocaba sai na frente no processo para implantação do Planseq (Plano Setorial de Qualificação). "Primeiro, conseguimos nos fazer presentes nessa audiência porque fomos convidados com bastante antecedência", observou Ana Paula. "E não me lembro de termos chegado a uma primeira audiência, já recebendo uma proposta pronta como acontece aqui hoje, o que coloca Sorocaba à frente nesse processo", completou.
O Planseq foi instituído em novembro de 2004 e é uma das ações do Plano Nacional de Qualificação (PNQ), que tem como objetivo qualificar mão-de-obra para o mercado de trabalho. A finalidade do Planseq é formar profissionais, atendendo à demanda de cada região e facilitando a absorção dos qualificados.
A partir da apresentação do Projeto ontem (9/5), o Ministério deverá convocar uma audiência pública para a constituição de uma Comissão de Concertação, que ficará responsável por discutir e elaborar um projeto com maior detalhamento, a ser enviado ao MTE com a documentação necessária. A última etapa é a publicação de uma chamada pública pelo Ministério para escolha da entidade que irá conduzir os cursos.
Os cursos são constituídos de 200 horas/aula, sendo que o Governo Federal financia R$4,36 por aluno, sem a exigência de contrapartida da Prefeitura. Segundo Ana Paula, as 40 horas iniciais são voltadas para a qualificação em competências transversais, ou seja, conceitos de cidadania e direitos humanos, entre outras coisas. Tal iniciativa, segundo a diretora, viria no sentido de colaborar para a formação crítica dos trabalhadores.
Izidio destacou alguns aspectos do mercado de trabalho de Sorocaba, como o fato de haver mais de dez mil trabalhadores nas indústrias locais, considerando ainda as perspectivas de crescimento com a instalação de empresas como a Case e a Toyota. "Temos um cenário que exige a busca de um plano de qualificação da mão-de-obra e a união do Poder Público, trabalhadores e empresários pode ser natural já que o Planseq atende a anseios de todas as partes", salientou.
O deputado estadual Hamilton Pereira (PT), único representante da Assembleia Legislativa a se fazer presente na audiência, parabenizou o Sindicato dos Metalúrgicos pela iniciativa de apresentar uma proposta. "Devemos sair daqui com um pacto de nos mantermos unidos pela concretização do Planseq na nossa região", defendeu o deputado.
Marinilze Moradilo Melo, assessora do gabinete da Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Guarulhos, destacou a importância de se garantir formação adequada à juventude como garantir que o mercado de trabalho brasileiro possa competir com o de países desenvolvidos. "O desenvolvimento econômico, por si só, não traz emancipação aos trabalhadores", salientou a professora. "Os trabalhadores que se qualificam contribuem para o avanço tecnológico ao longo do tempo", completou.
Estiveram presentes na Audiência Pública, os Secretários de Desenvolvimento Municipal, Mario Tanigawa, e Relações do Trabalho, Luiz Alberto Firmino. Também estiveram representados a Secretaria de Educação de Sorocaba, a Prefeitura de Capela do Alto, o Sindicato dos Metalúrgicos, Ciesp, Etec Fernando Prestes, Colégio Mentor e o Núcleo de Estudo Ecológico Morro de Araçoiaba.